No ano de 1995 eu já havia retornado a Caratinga e trabalhava então na Viação RioDoce. Lembro-me, perfeitamente, de ter às mãos a primeira edição do jornal DIÁRIO DO AÇO CARATINGA. Confesso, achei pouco provável que a ideia vingasse. É muito difícil manter um jornal circulando, todos os dias, em uma cidade do porte de Caratinga. Aliás, outros já haviam tentado, mas acabaram sucumbindo às dificuldades econômicas e ao pouco gosto pela leitura, comuns à maioria das pessoas, naquela época.
Eu costumo dizer que a Vera do Diário é muito mais que uma mulher empreendedora, ela é dedicada, persistente, uma heroína da comunicação impressa em nosso estado. Quando penso que completei quinhentos textos publicados, semanalmente e, às vezes, quinzenalmente, consigo entender a grandeza da produção de notícias, todos os dias, em várias páginas de um jornal. Escrever, não é algo fácil. E escrever, com constância e imparcialidade, é muito mais difícil ainda.
Um grande desafio do jornal tem sido fazer com que o leitor busque pela boa informação. É que a Internet, essa mídia considerada terra de ninguém, acabou se transformando em um espaço onde as pessoas escrevem qualquer coisa e, muitas vezes, sem qualquer responsabilidade. E o que é pior: um espaço onde reina, de forma livre e relativamente absoluta, a impunidade. A respeito dessa impunidade, busco mais uma vez na memória o editorial da “Gazeta Digital”, de fevereiro de 2016, onde está registrado o seguinte: “Os criminosos invadem sistemas e programas de computadores no Brasil sem o menor receio, fazem vítimas, destroem indivíduos e famílias inteiras a todo instante porque confiam que seus crimes não serão descobertos. Afinal, sabem muito bem que na contramão da velocidade virtual, trota sobre a velha carroça, a legislação brasileira!”.
E o DIÁRIO DE CARATINGA tem conseguido contrapor-se a essa propagação da má informação, exatamente através da internet, já que, além do jornal impresso, diariamente o leitor pode ter o ao mesmo jornal, com todos os seus mínimos detalhes, na própria Internet. Basta você ar o seu site e você tem o jornal nas mais diversas mídias digitais. Mas, acredite, não tem sido tarefa das mais fáceis, pois não basta, apenas, lançar a boa informação na internet, é preciso que as pessoas queiram á-la. Aí esbarramos em um problema estrutural do país, cuja solução parece cada vez mais distante: a Educação, o gosto pela leitura e a capacidade de discernimento do que é certo e errado na notícia.
O jornal DIÁRIO DE CARATINGA guarda, em seus arquivos, uma cópia de cada edição destes 25 anos de existência. Se o leitor pudesse manusear este importante registro histórico, perceberia que a própria história do município e a de suas principais personagens estão devidamente registradas em suas páginas. E mais: quando você pega um exemplar do jornal, em uma manhã qualquer, você vai perceber que são várias as pessoas envolvidas na ação de levar informação ao leitor. São jornalistas, colunistas, editores, diagramadores, fotógrafos, diretoria e pessoal de apoio, enfim, uma plêiade de pessoas dedicando seu tempo e empregando seus esforços para que o leitor tenha a boa comunicação em mãos.
Neste dia 21 de março de 2020, ao completar 25 anos de existência, não poderia deixar de agradecer ao jornal, seus diretores, funcionários, chargista, ilustradores e colaboradores, por essa proeza, qual seja, a de nos brindar, diariamente, com informação de qualidade e de elevada confiabilidade.
Parabéns DIÁRIO DE CARATINGA. Feliz aniversário!
*Eugênio Maria Gomes é escritor e funcionário da Funec.
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