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ELA MUDOU DE VIDA *Eugênio Maria Gomes

 

Há alguns meses Maria foi chamada à sala de sua coordenadora, que lhe cobrou algo que não fazia o menor sentido. Maria não conseguia sequer entender a motivação daquilo tudo, porque a chefe não parava de falar. Era sempre assim… Certa vez, impossibilitada de se explicar, ela acabou por dar um sorriso maroto, daqueles em que a boca não se abre, e que deixa transparecer um certo “cinismo” na concordância da “chamada de atenção”. Acabou sendo advertida por isso, o que também fez sentido, já que esta parece mesmo ser uma atitude de afronta ao superior. Atualmente, a situação tem se repetido, quando vez ou outra a sua chefe a chama para tratar de assuntos parecidos, mas, ela tem dado os seus “risos de canto de boca” sem o menor problema, sem se preocupar em ser chamada à atenção por isso.

Maria é uma daquelas mulheres que foram submetidas a tratamentos com os chamados “dentistas práticos”, em uma época em que o tratamento de canal ou uma obturação um pouco mais simples, não aconteciam. Um tempo em que o boticão fazia a festa. Pois bem, toda vez que ela se encontrava com as amigas de trabalho em um happy hour, ou em uma das festinhas que a turma promovia, sempre levava a mão à boca, na hora das gargalhadas. Era compreensível, pois a maioria de suas colegas eram mais novas ou pertenciam a classes sociais mais altas do que a sua e tinham dentes branquíssimos, alinhados, algumas inclusive com as tais lentes de porcelana. Atualmente, Maria tem dado altas gargalhadas, sem qualquer preocupação com seus dentes. O sorriso de Maria tem sido, mesmo, de felicidade.

Maria, de vez em quando, ao retornar para a sua casa, se encontra com uma vizinha que tem duas crianças. Daquelas “danadinhas”, que se aproveitam da presença da mãe para fazer suas travessuras. É Maria ar, cumprimentar a mãe e receber, meio às escondidas, as caretas dos “pestinhas”. Eles colocam as línguas para fora, sem que a mãe perceba, e fazem suas caretas. Maria sempre quis retribuir aquilo, mas sempre se preocupou com a possibilidade de que a mãe a visse fazendo tal coisa. Atualmente, Maria está resolvida… a pela vizinha e, às vezes, mesmo antes que os danados dos meninos façam careta, Maria coloca a língua para fora e faz a sua primeiro. Ela está bem e não quer nem saber se alguém verá ou não aquele seu esquisito gesto.

Maria, desde cedo, pegou muito sol. Trabalhou na roça quando menina e, na juventude, chegou a vender picolé e salgadinhos na rua. Protetor solar? Que nada, foi conhecer isso depois que virou mulher e ou a se cuidar um pouco mais. No entanto, a idade e a falta de cuidados com a pele, não perdoam, e Maria ficou realmente com muitas marcas no rosto. Além dos famoso pés de galinha, o que mais incomodava Maria eram os vincos no entorno do nariz e da boca. Toda vez que via alguém, da sua faixa de idade ou um pouco mais nova, com aquela pele bonita, sem manchas e sem vincos, Maria meio que se entristecia. Atualmente, Maria não quer nem saber. Chega, conversa com todos e com todas, sem qualquer preocupação com isso. Incrível, mas Maria realmente parece ser outra pessoa, mais madura, mais segura de si.

Sim, Maria mudou de vida!

Em tempos de pandemia, Maria é uma daquelas mulheres que seguem, rigorosamente, todos os protocolos sanitários. E ela já decidiu: até que consiga outro emprego ou mudar de chefe, pagar um tratamento dentário de qualidade, mudar de endereço ou quem sabe, receber a notícia de que os “pestinhas” dos seus vizinhos se mudaram, ou ainda ar um dia inteiro no dermatologista, mesmo que todas as medidas sanitárias sejam alteradas, mesmo que o coronavírus acabe definitivamente, ela não vai tirá-la de jeito nenhum! Sim, ela é feliz com ela… A máscara!

 

*Eugênio Maria Gomes é professor e escritor.

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